É comum que as mudanças no sistema público de previdência deixem as pessoas inseguras em relação ao futuro. Por conta das instabilidades que a temática carrega, a viabilidade de investimento em um plano de aposentadoria privada é considerada por muita gente. Porém, o desconhecimento em relação ao assunto pode fazer com que golpes e maus investimentos se tornem mais frequentes.
Para que você decida sobre a adesão no plano de aposentadoria privada, o consultor financeiro Raphael Bremenkamp elaborou este artigo. Aqui você encontra todas as informações necessárias para fazer a sua escolha com exatidão. Assim, as chances de cair em golpes e fazer um mau negócio são menores. Continue lendo para saber mais!
O que você precisa saber sobre o plano de aposentadoria privada?
A previdência privada é considerada como um fundo ou seguro. Basicamente, o dinheiro investido pelo administrador do produto é revestido de acordo com as aplicações escolhidas no plano. Esse método visa garantir uma renda durante o período de aposentadoria ou em caso de invalidez.
É importante ressaltar que esse sistema é complementar à previdência social ou serve como seguro para não contribuintes do INSS. Geralmente, o plano de aposentadoria privada é adotado por pessoas que consideram o benefício social insuficiente. Para muitos, esse recurso já está incluído nas finanças da família como uma espécie de poupança.
Os planos de previdência privada podem funcionar por acumulação ou resgate. Na primeira modalidade, são feitos aportes conforme as regras da seguradora para aumentar o capital ao longo do tempo. No resgate, o valor concentrado poderá ser resgatado integralmente ou como renda complementar após um período.
Não há idade mínima para aderir um plano de aposentadoria privada. Porém, especialistas da área financeira indicam que o investimento comece cedo. Dessa forma, o acúmulo de dinheiro será maior, gerando mais tranquilidade quando a utilização for necessária. Lembre-se de que, assim como os fundos, a previdência privada possui taxas. Geralmente, é cobrado um valor pela administração, carregamento e saída de dinheiro. Esses custos e percentuais serão variantes de acordo com a seguradora.
Vantagens
Como todo investimento, há vantagens e desvantagens na adesão. É importante que o investidor conheça esses itens para que a melhor escolha seja feita, segundo suas necessidades individuais.
A primeira vantagem dessa é a portabilidade, que permite a troca de plano de previdência. Logo, se você passou anos investindo em um plano de previdência insatisfatório, é possível substituí-lo sem prejuízos.
A possibilidade de escolha de beneficiários também é um ponto forte da previdência privada. Em caso de morte do titular, é possível realizar uma sucessão patrimonial sem inventários ou impostos. Para quem realiza o planejamento financeiro com o objetivo de beneficiar a família, esse é um aspecto importante.
Desvantagens
Em muitos casos, a cobrança de taxas pode diminuir a rentabilidade da aplicação. Por esse motivo, alguns planos de previdência podem ser menos vantajosos do que investimentos no tesouro direto. Também é importante considerar que essa aplicação não foi idealizada para resgates em curto prazo. A alíquota para quem deseja retirar o dinheiro em menos de 10 anos pode ser extremamente alta. Por isso, pode ser mais interessante buscar outros produtos caso o resgate do capital seja nesse prazo.
Outra desvantagem é a falta de garantia. O plano de aposentadoria privada não possui o amparo do Fundo Garantidor de Créditos (FGC). Dessa forma, a única garantia que o investidor possui é a estabilidade da seguradora. Por isso, investir em empresas menores e pouco confiáveis pode significar um grande risco de perda do dinheiro.
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